O Uso do cartão de crédito no mundo aumenta a cada ano, cada vez mais pontos diferentes de venda tem acesso a algum leitor de cartões. No Brasil hoje em dia o encanador que vem consertar algo na sua casa, que antes aceitava apenas dinheiro ou cheque, hoje puxa do bolso um leitor de cartões, passa na hora e garante a venda.
Embora existam diferentes tipos de máquinas, fabricantes e empresas de intermediação, as duas principais bandeiras de cartão, VISA e Mastercard são as grandes beneficiadas no final do dia, não importa o que você compre, uma porcentagem sempre “pinga” nos cofres das 2 empresas.
Paralelo a isso moedas como o Bitcoin e outras mais de 1.000 opções de altcoins (moedas alternativas) estão cada vez mais nos bolsos de usuários comuns, pessoas que já instalaram uma carteira de cripto no celular e possuem ali uma maneira rápida, instantânea e muitas vezes não rastreável de fazer transações.
A adoção de uma tecnologia nova, depende de muitos fatores, mas o grande difusor do maior uso das criptomoedas acontece por causa do celular. Usuários jovens que hoje não tem acesso a cartão de crédito já começaram a usar bitcoin e outras criptos em compra de jogos, créditos de celular ou outras mercadorias, criando um comportamento que será muito natural na vida adulta.
Isso tudo traz a possibilidade que grande parte das pessoas que hoje utilizem o cartão de crédito, comecem a utilizar as criptomoedas para pagamentos online, compra em lojas virtuais e transferências de valores para outras pessoas fisicas.
Essa troca de valores não passaria por nenhum banco ou empresa, diminuindo consideravelmente as taxas envolvidas em cada transação, isso traria um caminho sem volta e tornaria o cartão de crédito algo caro para ser usado no dia a dia, devido a já existente possibilidade dos lojistas darem um desconto para pagamento em dinheiro ou criptomoedas.
Essa mudança não acontece do dia para a noite, mas em um horizonte de 5 anos é possível que grande parte dos consumidores abaixo dos 30 anos já estejam realizando normalmente compras por meio de criptomoedas, com isso criando intensa demanda para que todos os pontos de venda comecem a aceitar esse tipo de moeda.
E ai que mora o medo da VISA e Mastercard, não é dos usuários querendo pagar com criptomoedas, mas sim de cada lojista e empresário, que irá começar a fazer a conta, de que a cada venda, um valor que vária até 7% é cobrada pelas bandeiras, o que não existe em cripto, essa busca por pagar menos taxas pode empurrar uma grande parte do público empresarial para usar esse tipo de modalidade.